Ações de Defesa Sanitária Animal continuam intensivas na fronteira de MS


Por em 10 de março de 2014



A atuaçAções intensivas fronteira MSão dos fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura e das autoridades estaduais continuará intensiva na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai. Na ultima segunda-feira, 7 de fevereiro, o diretor de Saúde Animal, Guilherme Marques, apontou as medidas a serem adotadas na Zona de Alta Vigilância (ZAV) do estado, após o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) da região como livre de febre aftosa com vacinação.

De acordo com o diretor, o rebanho na região é de aproximadamente 800 mil cabeças e continuará sendo identificado individualmente. A partir de agora, a vacinação será realizada pelos próprios pecuaristas, com a supervisão dos órgãos oficiais.

Com o reconhecimento da OIE, não será mais necessário realizar teste sorológico nos bovinos e búfalos localizados na fronteira. Além disso, os animais também não precisarão permanecer em esquema de quarentena para transitar fora da região de fronteira. Entretanto, continuará o controle intensivo do trânsito.

Na próxima sexta-feira, 11 de fevereiro, técnicos do Ministério da Agricultura reúnem-se com autoridades estaduais e com o setor privado de Mato Grosso do Sul para avaliar o calendário de vacinação 2011 e as ações pós-reconhecimento da OIE.

Comissão Sul-Americana

No período de 31 de março e 1o. de abril, o Brasil sediará a 38ª reunião da Comissão Sul-Americana da Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), em Recife. “Vamos apresentar os desafios internos para avançarmos na erradicação da febre aftosa, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, além de mostrarmos o compromisso do Brasil em apoiar os países vizinhos nesse processo”, informa o diretor de Saúde Animal do ministério, Guilherme Marques.

Em relação à retirada da vacinação em alguns estados, o diretor disse que se trata de um processo gradativo. “É preciso aumentar a vigilância, intensificar o controle de trânsito e fortalecer o serviço veterinário oficial”, esclarece Marques. Essas iniciativas são importantes para que o estado se mantenha livre da doença. No caso de ocorrência, o país será capaz de identificar rapidamente e adotará os procedimentos para contê-la.

Classificação

Hoje, 15 unidades da federação são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (World Organisation for Animal Health – OIE) como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detém esse status, a região Centro-Sul do Pará e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas. O estado de Santa Catarina é reconhecido pela OIE como livre da doença sem vacinação. Em risco médio estão Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e a região centro-norte do Pará. Em alto risco encontram-se Roraima, Amapá e as demais áreas do estado do A mazonas.

Saiba mais

Em 2001, o Mato Grosso do Sul tinha alcançado o status de livre de febre aftosa com vacinação pela OIE. Mas, com o surgimento de um foco da doença, em 2005, o organismo internacional decidiu suspender esse reconhecimento. Com isso, parte do estado retornou à condição de área livre com vacinação, em 2008, exceto a Zona de Alta Vigilância (ZAV), que foi implantada na época. Após ações intensivas na região, em agosto de 2010, o Ministério da Agricultura encaminhou o pedido de restituição do status.

A Zona de Alta Vigilância é composta por 13 municípios: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas. Essas cidades fazem fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Nessa região, são criados cerca 800 mil bovinos e búfalos. Essa faixa compreende 1,5 mil km.

No período de 1997 a 2009, foram investidos no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) US$ 2,7 bilhões, com recursos do governo e da iniciativa privada.

Fonte: Notícias MS



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